Por Davi Caldas
Um dos maiores entraves que muitas pessoas possuem para entrar na Igreja Adventista é Ellen White. Conheço algumas que ainda não se decidiram apenas por esse ponto. Já aceitaram sábado, mortalidade da alma, reforma alimentar, juízo investigativo, etc. Mas não conseguem crer em Ellen White.
Creio fortemente que isso se dá muito mais pelo mau uso dela por grande parte dos adventistas do que propriamente pelo que ela diz. Muitos adventistas cometem o erro de usá-la para resolver conflitos teológicos e a enfatizá-la quase como se seus escritos fossem uma segunda Bíblia. Alguns recorrem a Ellen White antes mesmo de irem à Bíblia, preferindo provar pontos de vista por seus escritos.
Ora, isso é um erro grave que a própria Ellen White condenava e que a doutrina adventista oficial também não endossa. As consequências são nefastas. A Sola Scriptura é solapada com essa postura. A Igreja perde credibilidade entre os protestantes. E a função de White é totalmente distorcida. Além disso, os que mantém essa postura de colocar White onde ela não deveria estar acabam por alimentar o grupo que está no extremo oposto: os adventistas que desprezam e descartam totalmente os escritos dela. Criamos um cenário de “ou 8 ou 80”. Isso não ajuda em nada a Igreja. Só atrapalha.
Qual deveria ser a postura correta em relação a esse assunto? Vou tentar explicar em poucas linhas. Começo com um silogismo:
1) A essência dos ensinos de Ellen White é considerar a Bíblia como única regra de fé e prática, segundo a qual julgamos todas as coisas, estuda-la profundamente e praticá-la fielmente;
2) Uma pessoa considera a Bíblia como única regra de fé e prática, segundo a qual julga todas as coisas, a estuda profundamente e a pratica fielmente;
3) Logo, essa pessoa está seguindo a essência dos ensinos de Ellen White.
Se esse silogismo estiver certo, isso significa que uma pessoa não precisa, não deve e não pode usar Ellen White para resolver debates teológicos, ir até ela antes da Bíblia e trata-la como uma segunda Bíblia. Se o silogismo estiver certo, seguir Ellen White é ser essencialmente bíblico: é buscar a resposta para todas as questões na Bíblia, julgar tudo pela Bíblia (inclusive os escritos de Ellen White), ir sempre primeiro à Bíblia e usar Ellen White tão somente para enfatizar e clarear o que já existe na Bíblia. Em suma, seguir a essência de Ellen White é falar mais da Bíblia e menos de Ellen White. Mas o silogismo está certo? Vejamos o que a própria Ellen White diz a respeito:
“No trabalho público não torneis proeminente nem citeis o que a Irmã White tem escrito, como autoridade para apoiar vossas posições. Fazer isto não aumentara a fé nos testemunhos. Apresentai vossas provas, claras e simples, da Palavra de Deus. Um “Assim diz o Senhor” e o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruído a olhar para a Irma White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções a Irmã White”. — Carta 11, 1894.
Ellen White entendia que seus escritos tinham o propósito de conduzir à Bíblia, de enfatizá-la, de tocar em assuntos esquecidos das Escrituras, de reforçar aquilo que o Senhor já havia dito, de estimular o estudo da Palavra, de refletir sobre ela, de criar gosto por sua leitura, de ser bíblico em todo o tempo. Assim, ela era apenas um canal para isso, um meio para um fim, não um fim em si mesmo. Não faria sentido, portanto, tentar provar posições por Ellen White. Até porque ela não queria ser crida só porque ela falou. Mas desejava que suas próprias palavras fossem julgadas à luz da Bíblia. Sobre isso ela diz em outra ocasião: “Se os [meus] Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus, rejeitai-os. Cristo e Belial não se unem”. — Testimonies for the Church 5:691. Numa reunião de dirigentes da Igreja, ela afirma em 1901:
“Como pode o Senhor abençoar os que manifestam o espirito de ‘não me importa’, que os leva a andar em sentido oposto a luz que o Senhor lhes deu? Não solicito, porém, que acateis minhas palavras. Ponde a irmã White de lado. Não citeis outra vez as minhas palavras enquanto viverdes, até que possais obedecer a Bíblia. Quando fizerdes da Bíblia vosso alimento, vossa comida e vossa bebida, quando fizerdes de seus princípios os elementos de vosso caráter, conhecereis melhor como receber conselho de Deus. Enalteço a preciosa Palavra diante de vos neste dia. Não repitais o que eu declarei, afirmando: “A irmã White disse isto” e “a irmã White disse aquilo”. Descobri o que o Senhor Deus de Israel diz, e fazei então o que Ele ordena”. — Manuscrito 43, 1901. (De uma alocução a dirigentes de igreja na noite que antecedeu a abertura da Assembleia da Associação Geral de 1901.)
Parece bem claro a posição em que Ellen White se colocava e a posição que ela colocava a Bíblia. Os adventistas deveriam ser, acima de tudo, em primeiro lugar e em todo o tempo, bíblicos. A finalidade máxima de Ellen White era tornar todos bíblicos. No momento em que nos esquecemos disso, perdemos a essência dos Testemunhos de Ellen White. Sobre isso, ela explica:
“Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e pratica. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos “últimos dias”; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para envia-lo a pregar aos gentios”.—A Sketch of the Christian Experience and Views of Ellen G. White, 64 (1851). Reimpresso em Primeiros Escritos, 78.
Note: Ellen White compara, em função, suas visões à visão que Pedro teve em Atos 10 dos animais impuros no lençol. A visão de Pedro não forneceu nenhuma verdade nova. Durante todo o Antigo Testamento, Deus afirmou não fazer acepção de pessoas, comprovou isso na prática levando a Palavra a diversos pagãos (Raabe, Rute, Naamã, Nabucodonosor, Dario, ninivitas, etc.) e convidou os outros povos a adorá-lo (Is 56:1-8, Zc 8:20-23, etc.). O sonho para Pedro serviu apenas para lembra-lo disso, impressioná-lo e fazê-lo abrir as portas da Igreja para os gentios. A visão conduziu à Bíblia. Pois Ellen White entendia que a função de suas visões e escritos era tão-somente essa. Ela não pretendia e não queria se tornar uma “nova Bíblia”. Aliás, essa foi uma acusação que ela mesma rebateu em sua época:
“O irmão J. procura confundir os espíritos, esforçando-se por fazer parecer que a luz que Deus nos concedeu por meio dos [meus] Testemunhos constitui um acréscimo a Palavra de Deus, mas com isto apresenta os fatos sob uma luz falsa. Deus houve por bem chamar por este meio a atenção de Seu povo para a Sua Palavra, a fim de conceder-lhes uma compreensão mais perfeita da mesma.
A Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espirito mais obscurecido, e pode ser compreendida de todo o que sinceramente deseja entende-la. Mas, não obstante isto, alguns que dizem fazer da Palavra de Deus o objeto de seus estudos, são encontrados vivendo em oposição direta a alguns de seus mais claros ensinos. Daí, para que tanto homens como mulheres fiquem sem escusa, Deus dá testemunhos claros e decisivos, a fim de reconduzi-los a Sua Palavra, que negligenciaram seguir.
A Palavra de Deus está repleta de princípios gerais para a formação de hábitos corretos de vida, e os testemunhos, tanto gerais como individuais, visam chamar a sua atenção particularmente para esses princípios”. — Testimonies for the Church 5:663, 664; Testemunhos Selectos 2:279.
A função de Ellen White aqui é exatamente a mesma dos profetas não canônicos do Antigo e do Novo Testamento como Natã (II Sm 12:1-16), Hulda (II Cr 34:18-28), Ágabo (At 11:27-30): conduzir à Bíblia, repreender o afastamento das Escrituras, dar estímulo ao estudo da Palavra e prever eventos importantes para a época. Nenhum desses profetas se tornou canônico ou trouxe uma doutrina essencialmente nova. Todos os seus ensinos eram baseados na Bíblia ou deduzidos diretamente dos princípios da Bíblia. O fato de não serem canônicos não lhes tira a importância. Mas os coloca em seus devidos lugares.
Uma grande preocupação de Ellen White era a tendência de alguns, em sua época, de quererem substituir o estudo bíblico por uma postura “pergunte para a Ellen”. Para alguns, se ela era divinamente inspirada, então qualquer dúvida poderia ser dirimida a partir das palavras dela. White condenou essa postura veementemente:
“O Senhor deseja que estudeis a Bíblia. Ele não deu alguma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra. Esta luz deve conduzir as mentes confusas a Sua Palavra, a qual, se for comida e assimilada, e como o sangue que da vida a alma. Então serão vistas boas obras como luz brilhando nas trevas”.— Carta 130, 1901.
Outra vez, sobre a função dos seus Testemunhos enfatiza:
“Nas Escrituras Deus expôs lições práticas para governar a vida e a conduta de todos; mas, conquanto Ele tenha dado minuciosas instruções a respeito de nosso caráter, conversação e conduta, em grande parte Suas lições são negligenciadas e desprezadas. Além das instruções em Sua Palavra, o Senhor tem concedido testemunhos especiais a Seu povo, não como uma nova revelação, mas para que possa apresentar-nos as claras lições de Sua Palavra, a fim de que sejam corrigidos os erros e indicado o caminho certo, para que toda alma fique sem escusa”. —Carta 63, 1893. Ver Testimonies for the Church 5:665.
E Ellen White fez isso muito bem. Através de seus escritos, ela chamou a atenção dos líderes para um estudo mais cristocêntrico da Palavra, para a divindade de Cristo, para a divindade do Espírito Santo, para a importância da doutrina da justificação pela graça mediante a fé, para a relevância da reforma da saúde, etc. Todas essas coisas podem ser achadas na Bíblia? Sim. Então, para quê Ellen White? Porque quando as pessoas não estão, por si próprias, investigando pontos importantes nas Escrituras (os quais Deus quer enfatizar, relembrar e/ou resgatar), o Senhor usa profetas para expor esses temas, enfatizar determinados pontos, estimular a pesquisa e, por fim, levar de volta o povo à Bíblia.
Essa é a obra do profeta não canônico. Foi isso o que Ellen White fez. E o modo de fazer isso foi bem simples. Ela escreveu sobre temas bíblicos, enchendo suas páginas de referências nas Escrituras, a fim de que fôssemos lá nas passagens. Assim ela despertou interesse em pesquisas, reuniu textos bíblicos de cada tema e expôs temas sob ângulos que fizeram as pessoas pensarem ou repensarem ideias e posturas, instigando-as a mergulharem em pesquisas. Era isso o que ela almejava. “Irmão, leia isso aqui e vá para a Bíblia. A Bíblia é a fonte. Só estou apontando”.
A respeito do Espírito Santo que ilumina a mente dos profetas canônicos e também não canônicos, White pontua:
“O Espirito não foi dado—nem nunca o poderia ser — a fim de sobrepor-Se a Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo ensino e experiência devem ser aferidos. … Isaias declara: “A Lei e ao Testemunho! se eles nao falarem segundo esta palavra, não haverá manhã para eles.” Isaias 8:20. — O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 7.
Sobre a autoridade da Bíblia, ela explica e exorta:
“Examinem cuidadosamente as Escrituras para ver o que é a verdade. A verdade não perde nada para a investigação minuciosa. Que a Palavra de Deus fale por si mesma, que ela seja sua própria intérprete. […] Há uma incrível indolência por grande parte de nossos ministros, que estão dispostos a que outros ministros [presumivelmente Butler e Smith] pesquisem as Escrituras para eles. Eles tomam as verdades de seus lábios como um fato positivo, mas não conhecem a verdade bíblica através de sua própria pesquisa individual e pela profunda convicção do Espírito de Deus em seus corações e mentes. […] Muitos se perderão porque não estudaram a Bíblia de joelhos com fervente oração. […] A Palavra de Deus é o grande detector do erro; cremos que devemos recorrer a ela em todas as questões. A Bíblia deve ser nosso padrão de toda doutrina e prática. […] Não devemos aceitar a opinião de ninguém sem antes compará-la com as Escrituras. Eis a autoridade divina que é suprema em assunto de fé” (EGW aos Irmãos, 5 de Agosto de 1888).
Alertando novamente sobre alguns ministros que pareciam se colocar como autoridade suprema em alguns assuntos dentro da congregação, White diz: “Meu apelo tem sido: Investiguem as Escrituras por vocês mesmos. […] Nenhum ser humano deve servir de autoridade para nós” (EGW a WMH, 9 de Dezembro de 1888).
Numa sábia exortação sobre os riscos de não se manter um constante estudo das Escrituras, Ellen White afirma:
“Como um povo, corremos certamente grande risco, se não estivermos em constante vigilância, de considerarmos nossas ideias, pelo fato de serem longamente acalentadas, doutrinas bíblicas e infalíveis, e medir todos pelo critério de nossa interpretação da verdade bíblica. Este é nosso perigo, e este seria o maior mal que poderia sobrevir a nós como um povo” (Ms 37, 1890).
Entre 1886 e 1888, Ellen White negou categoricamente diversos pedidos do presidente da Associação Geral para que ela solucionasse um problema de interpretação bíblica através de um testemunho. E creu ter sido providencial que um escrito seu sobre o tema em questão tivesse se perdido. Ela expressou: “Deus tem propósito nisto. Ele quer que recorramos à Bíblia e obtenhamos evidência escrituristica” (Ms 9, 1888; itálicos acrescentados). Um ano antes, ela já havia escrito: “Queremos evidência bíblica para todo ponto que defendemos” (EGW a GIB e US, 5 de Abril de 1887).
Sobre o julgamento das doutrinas e ideias defendidas pela Igreja Adventista, ela afirma o seguinte em duas ocasiões:
“Se toda a ideia que temos defendido em matéria de doutrina for verdade, não deve a verdade suportar a investigação? Ela balançará e cairá se for criticada? Se for assim, que ela caia, quanto mais cedo melhor. O espírito que fecha a porta para a investigação cristã dos pontos da verdade não é o Espírito que vem do alto” (EGW a WMH, 9 de Dezembro de 1888).
“O fato de certas doutrinas terem sido mantidas durante muitos anos por nosso povo não é prova de que nossas ideias sejam infalíveis. O tempo não converte o erro em verdade […]. Nenhuma doutrina autêntica é prejudicada pela pesquisa minuciosa” (CWE, p. 35).
“[…] tão-somente Deus e o Céu são infalíveis. Quem acha que nunca terá de abandonar um ponto de vista acariciado, e nunca terá de mudar de opinião, sofrerá decepção” (Ibdem, p. 37).
A respeito da autoridade transformadora da Bíblia, ela diz que “a Bíblia, e a Bíblia somente, entesourada no coração e abençoada pelo Espírito de Deus, pode tornar o ser humano reto e conservá-lo reto” (EGW a GIB e esposa, 11 de Dezembro de 1888)”.
Com todos esses textos, fica claro qual era o pensamento de Ellen White a respeito da posição da Bíblia e de sua própria função. E, por conseguinte, fica claro que o silogismo proposto no início do texto está correto. A essência dos escritos de Ellen White é seguirmos a Bíblia Sagrada e a colocarmos em primeiro lugar. Quando fazemos isso, já estamos seguindo Ellen White, sem nenhuma necessidade de colocá-la numa posição maior do que ela está.
Isso quer dizer que Ellen White não tem valor? De forma alguma. Conquanto White insista que devemos ir à Bíblia como regra, não a ela, também orienta que não joguemos fora os seus testemunhos, mas antes, os julguemos pela Bíblia e os aceitemos. Essa é a postura bíblica, aliás. Paulo nos diz: “Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom” (I Ts 5:20-21). Se o nosso compromisso é com a Bíblia (como era o caso de Ellen White), então nossa obrigação é não desprezar o que bons cristãos dizem, sobretudo se são profetas, mas julgar de acordo com a Bíblia. Se é bíblico, aceitamos.
Assim, a postura não deve ser nem rejeitar Ellen White por antecipação, nem aceitar cada um de seus ensinos apenas porque ela falou. É sim considerar seus escritos com boa vontade, analisá-los pela Bíblia (e seguindo as regras básicas de interpretação) e então dar um veredito. Não é a Bíblia que deve ser julgada por Ellen White, mas Ellen White pela Bíblia. Esse é o compromisso que ela lutou a vida inteira para que nós tivéssemos. E essa é a doutrina oficial adventista. A crença 18 das 28 Crenças Fundamentais diz que os escritos de Ellen White “tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser provado todo ensino e experiência. – Nm 12:6; 2Cr 20:20; Am 3:7; Jl 2:28, 29; At 2:14-21; 2Tm 3:16, 17; Hb 1:1-3; Ap 12:17; 19:10; 22:8, 9”. Obviamente, os próprios escritos dela não estão fora disso. E obviamente, se ela realmente foi inspirada por Deus, a análise dos escritos dela provará que estão em conformidade com a Bíblia. Como ela mesma disse, nada se perde quando provamos nossas crenças pela Bíblia.
Equilíbrio é tudo. Se colocar White num pedestal é ir contra a Bíblia, contra a doutrina oficial adventista e até contra ela mesma, por outro lado, rejeitá-la também é mal e por duas razões: (1) se realmente os conselhos de White são bíblicos e inspirados, quem não lhes dá atenção pode vir a não despertar para verdades bíblicas que Deus deseja o despertar; (2) há uma tendência de que ao desprezar White, a pessoa comece a questionar a própria instituição adventista e, posteriormente, as doutrinas da Igreja. Ainda que essas doutrinas não sejam baseadas em visões de Ellen White, mas em estudos profundos da Bíblia, os cérebros costumam a fazer essa associação. É como se um ponto questionado fizesse ruir todos os outros. Por isso, White nos diz para ouvi-la. Não é para usá-la como Bíblia, mas para perceber o que Deus talvez esteja querendo enfatizar e até resgatar em Sua Palavra para a nossa vida. Seus escritos são um meio, não um fim.
Do ponto de vista prático, então, o que fazer? Em primeiro lugar, parar de enfiar Ellen White nos debates teológicos. A não ser, é claro, se o debate for especificamente sobre ela. Afora isso, devemos buscar a Bíblia, provar pela Bíblia, argumentar pela Bíblia, respirar Bíblia.
Em segundo lugar, entender que Ellen White é uma ferramenta, um meio, um canal, assim como devocionais, guias de estudo e livros cristãos em geral. Devemos ler com o intuito de conhecermos mais da Bíblia, de enxergarmos detalhes bíblicos que nunca percebemos, de fortalecer convicções bíblicas. A finalidade é a Escritura. Tudo aponta para ela.
Em terceiro lugar, não devemos usar Ellen White para criar medo e fazer acusações levianas. Perfeccionistas são expert nisso. Devemos lembrar que (1) White escreveu para contextos específicos e (2) as ideias do profeta são inspiradas, mas as palavras são suas. Ou seja, é fácil pegar textos mais duros, escritos para contextos específicos e com palavras fortes para metralhar irmãos. O resultado é a desvalorização da Bíblia, da própria Ellen White e do conselho que se quer dar ao irmão. Por exemplo, na Bíblia há esse texto: “Filha da Babilônia, que hás de ser destruída, feliz aquele que te der o pago do mal que nos fizeste. Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra” (Sl 137:8-9).
Pesado, não é? É um texto que exige um uso responsável, uma análise bem contextualizada e o entendimento de que o autor usa palavras fortes como um resultado de um desabafo, proveniente de uma dor profunda. Um uso irresponsável do texto, no entanto, pode criar um evangelho distorcido, com margem para violência e vingança. E pode ser usado para colocar medo. Não é diferente com Ellen White.
Finalmente, como Ellen White mesmo diz, se queremos convencer as pessoas de que nossas mensagens são bíblicas e verdadeiras, incluindo aí cristãos de outras igrejas, precisamos usar a Bíblia e sermos conhecidos por isso. Enquanto formos conhecidos como aqueles que usam Ellen White, o preconceito será forte e, até certo ponto, justificável. Quando formos conhecidos como o povo que usa a Bíblia, aí não só a Bíblia será valorizada, mas a própria Ellen White, já que a essência de seus ensinos era exaltar a Santa Palavra de Deus.
Reflitamos sobre isso e sejamos mais bíblicos. Nossa doutrina é boa, correta e bíblica. Mas nossos membros têm cometido erros grandes. E isso causa uma péssima impressão tanto para quem está de fora, como para quem está entrando. E é um tiro no pé ter uma líder histórica que escreveu tantas coisas boas que nos levam à Bíblia se tornando, por culpa de membros ignorantes, uma pedra no sapato de quem quer congregar conosco e viver as doutrinas bíblicas.
abril 11, 2019 at 2:07 am
Eu compartilho do mesmo pensamento irmão. Participei de uma conversa de grupo hoje, e fiquei preocupado em como esta mania de colocar Ellen White como comentário bíblico e como última palavra em discussões e debates teológicos ficou séria. Por fim eu desisti de falar com os caras.
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abril 11, 2019 at 2:08 am
Eu gostaria de poder compartilhar esse texto lá no grupo de você me permitir.
Abraços
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abril 13, 2019 at 9:27 am
“Do ponto de vista prático, então, o que fazer? Em primeiro lugar, parar de enfiar Ellen White nos debates teológicos. A não ser, é claro, se o debate for especificamente sobre ela. Afora isso, devemos buscar a Bíblia, provar pela Bíblia, argumentar pela Bíblia, respirar Bíblia.”
O trecho é no mínimo contraditório, frente a todo conteúdo apresentado. O correto seria que em um debate teológico fosse usado tão somente a Bíblia e que uso do escrito dela assim como de outros autores só aparecerem em tais debates para investigação se aquilo que diz está condizente com a Bíblia ou se apresenta uma possível teoria ou hipótese sobre uma explicação ou entendimento sobre um trecho bíblico. Por exemplo o livro de Gênesis diz ela que o mesmo fora escrito enquanto Moisés estava com Jetro, tempo este em o mesmo pastoreava, mas a Bíblia não passa nenhuma informação sobre isto, dando suspeita que tal livro tenha sido escrito depois de o encontro com Deus no início ou quando passou 40 dias conversando com o Senhor e ou tal livro também poderia ter surgido depois do conselho de Jetro para que Moisés escrevesse o livro da lei.
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maio 7, 2019 at 11:25 pm
tou de acordo..eu acredito plenamente na nossa querida irma e Profetiza, mas colocar o nome Biblia seguido do nome dela..isso é que é o problema a meu ver, isso vai trazer muita polémica tanto para os de dentro como para quem quer conhecer a nossa igreja…acho mesmo que o titulo deveria ter sido outro, a propria EW suguramente iría desaprovar totalmente esta iniciativa….vi num video um Pastor batista a avisar os membros da sua congregaçao para terem cuidado pois nós agora temos uma biblia da EW..eu entendo que o conteúdo até deve ser bom mas o titulo nao…nós ADSD somos o povo que segue a Biblia Sagrada e nao a Biblia white..temos que ter cuidado alem de eu curtir e acreditar a 100% na nossa querida Irmã Ellen White
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abril 20, 2019 at 6:29 pm
Sem duvida que isto me deixa deveras preocupado..e ao mesmo tempo seguramente vai ajudar com as profecias(que o povo de Deus será perseguido). Como diz o Texto, e muito bem escrito, por Davi Caldas, esta nossa querida Irmã foi como que (se me passa a expressam) uma cereja em cima de um belo bolo(a Biblia), pois dá detalhes e ênfase Á palavra de Deus, nunca fugindo do seu ponto central e significado, e apenas deveria ser usado como uma “lupa” para se perceber alguns tópicos doutrinais com mais facilidade para não mencionar as maravilhosas experiências contadas e os inúmeros conselhos tanto em relação á nossa espiritualidade com Deus, parte da própria historia do velho testamento e as encantadoras dicas para a nossa saúde mental e física. Eu digo no inicio que Ela indiretamente vai acelerar o processo da vinda de Jesus pois, como que se não basta-se ,as heresias que se falam sobre ela (e estão a aumentar de dia para dia) foi lançado de um livro chamado a Bíblia de Ellen white, e isso está completamente fora dos eixos em relação aos princípios da IASD, isso será mesmo uma das razões que quando abrirem as portas para a perseguição a nossa igreja vai mesmo sofrer com tudo isto como diz a sagrada escritura e por irônico que seja a própria Ellen W. dedica muito da sua escrita a essa futura e final Profecia. Eu nunca vi a IASD ser tao atacada, e preparem-se irmãos pois vai ser muito mais atacada agora…imaginem quando o decreto Dominical sair…eles vão sair atrás de nós, guardadores do dia Santo de Sábado, que nem lobos, tudo isto começa a fazer um sentido que nunca senti e vi em 40 anos de Adventista, o tempo aproxima-se e eu vejo nesta publicação (Bíblia de Ellen White)uma das mais razões que farão muitos nos odiarem. Abraço em Cristo e mantenham-se fé em Cristo. Ela própria(E.W) vai ficar surpreendida quando souber desta publicação
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abril 24, 2019 at 1:11 am
Sou um “defensor apaixonado” de Ellen White, uma vez que foi pelos escritos dela (livro O Grande Conflito) que conheci as Escrituras. Desde que conheci a verdade venho lendo seus e estudando sobre o seu ministério e se tem uma coisa que vc aprende bem lendo o que ela escreveu e sobre é a centralidade que as Escrituras Sagradas devem ter em nossas vidas.
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maio 4, 2019 at 10:49 am
Viva, nasceu um dogma! É a primeira vez que vejo alguém fazer uso de uma fórmula retórica grega (silogismo) para para aparentar resolver um problema de uma comunidade que valoriza o pensamento hebraico-oriental. Sendo assim, este princípio pode ser uma nova chave para interpretar a bíblia também! Seria maravilhoso, uma vez que é altamente excludente. Poderíamos começar por nossas responsabilidades, como fazem os calvinistas, que herdaram este método de interpretação do catolicismo (bem como alguns dogmas). Não quero propor mais um “silogismo”, somente lembrar que a Igreja Adventista ensina acertadamente que a Sra. White, embora não seja canônica, recebeu a inspiração em mesma plenitude que os demais profetas bíblicos (pois não há diferentws fraus de inspiração), algo que merece maior consideração que muitos artigos que publicados para “diminuir a influência dos testemunhos “. Em acréscimo, sugiro um texto que considero bastante equilibrado sobre este assunto:
“Os testemunhos de Seu Espírito chamam a atenção para as Escrituras, apontando – lhes seus defeitos de caráter e repreendendo seus pecados, por essa razão vocês não os ouvem. E, para justificar sua conduta carnal e amante de facilidades, vocês duvidam que os testemunhos provenham de Deus. Se os irmãos obedecessem a seus ensinos, estariam certos de sua origem divina. Lembrem – se: a incredulidade de vocês não afeta a sua autenticidade. Se eles são de Deus, permanecerão. Aqueles que buscam diminuir a fé do povo de Deus nesses testemunhos, que têm estado na igreja nesses últimos trinta e seis anos, estão lutando contra Deus. Não é ao instrumento a quem vocês menosprezam e insultam, mas a Deus, que lhes tem dado essas advertências e reprovações.” (Testemunhos para a Igreja, V. 5 p. 234.
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junho 7, 2019 at 9:14 am
Muita distorção e sarcasmo. Em nenhum momento o texto de Davi diminuiu a função de Ellen White. Apenas a colocou no lugar que ela mesma sempre se deu, mas que pessoas como vc deturpam. Se vc discorda das citações dela que foram mostradas, não se pode fazer nada.
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julho 3, 2019 at 12:12 pm
Um adendo: silogismo não é “retórica grega”. Silogismo é parte da lógica formal. A lógica formal não é grega, hebraica, romana ou latina. A lógica é universal. Usamos a lógica o tempo todo. Organizá-la em silogismo é apenas uma forma de expor um raciocínio mais claramente.
Cordialmente,
Equipe Reação Adventista.
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maio 7, 2019 at 1:35 pm
Muito bom pela preocupação e o cuidado pela igreja de Deus!
O grande problema é que teremos de deixar de utilizar os escritos de Elle White por medo dos evangélicos! por que as 3 maiores seitas (segundo os evangélicos) é as Testemunha de Jeová, os Mormos e os Adventistas do 7 dia – porque temos um profeta, acreditamos na eminente vinda de Jesus, na verdade sobre os mortos e na natureza humana de Cristo pós-lapsariana!
E A senhora White tem vários livros destinados aos Não Adventistas – como o caminho a Cristo, o grande conflito, entre outros!
#não temos de ter medo de espandir as crenças adventistas, devemos ser sim cuidadosos – mas nos esconder não é a opção, Deus está no comando de sua igreja deixemos ele cuidar dela- se esta bíblia for espúria Deus vais fazer não prosperar, mas se for de Deus Vai prosperar mesmo lutando contra…
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maio 7, 2019 at 1:44 pm
5 PONTOS + BÔNUS SOBRE A BÍBLIA WHITE:* *1.* A Bíblia White é uma Bíblia com comentários de Ellen White. E isso é uma grande bênção! Esse projeto é inédito no Brasil! Se você crê na inspiração de Ellen G. White vai poder conferir a benção. Se você não crê, também vai, pois os comentários são valiosos! *2.* A tradução da Bíblia utilizada foi uma versão chamada “Almeida Antiga, de 1848”, que está em domínio público, ou seja, não é necessário pagar direitos autorais por ela. E por ser uma Bíblia, de 1848, a grafia de muitas palavras teve de ser atualizada. Também foi utilizada a versão do Rei Tiago de 1611. Essas escolhas, claro, também geraram economia para o IAGE, que é um ministério leigo e que vem fazendo um destacado trabalho na área de publicações! *3.* Se há pessoas que não concordam com as escolhas editoriais realizadas, é absolutamente livre para isso. É direito que lhe assiste. Mas, por favor, não entre na onda de equivocados comentários, com teor de denegrir, e até de ofender os obreiros que nela atuaram. *4.* Não há nada de errado na existência de um ministério leigo (não fazendo parte, ou não ligado à organização da Igreja), tanto por causa da comissão bíblica dada por Jesus, quanto pelos testemunhos (a própria EGW participou de ministério leigo), e mesmo pela legislação brasileira. *5.* Sobre propagar que o IAGE é um “ministério dissidente”… bem… essa acusação terá de prestar contas, não aos homens. Por isso, não diga isso sem que haja realmente uma comprovação! Não entre na onda de compartilhar posts sem a devida verificação. Se você já fez isso, é justo apagar o post, além de pedir desculpas nos grupos e para as pessoas para quem divulgou e, principalmente, para as pessoas ofendidas. Fale você mesmo com a pessoa vítima de tais afirmações negativas e tire você mesmo as suas dúvidas. Assim fazendo você estará tomando uma atitude verdadeiramente cristã, segundo as claras instruções da Bíblia em tais ocasiões! *Bônus:* Por fim, tire a dúvida você mesmo, prove você mesmo, ao estilo dos bereanos. Não terceirize sua vida espiritual. Cada um dará contas de si. Fique bem atento! Lembre-se de que o inimigo anda em derredor!
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maio 7, 2019 at 1:44 pm
Senhores, duvido que algum de vocês conhece essa Biblia.
Então nunca a viram e estão julgando ela e quem a produziu ? Que belo testemunho , hem !
Para os desavisados:
Trata-se de uma Biblia comum que contem comentarios de Ellen White no rodapé. Apenas isso.
Nao tem comentarios adicionais, nao tem interpretação e nao tem nada alem dos textos dela que encontramos em seus muitos livros publicados.
Vocês sabiam que a anos existe uma versão em Espanhol ?
O fato de a CPB nao te-la produzido NAO a invalida. Onde esta escrito que só a CASA pode produzir esse tipo de material ?
Querem ver quantos hipocritas tem aqui ?
Quantos de vocês possuem um exemplar dessas Biblias em casa : ?
THOMPSON, SHIELD, ANDREWS, ETC ?
Elas contem comentarios de homens comuns. Algumas de homens que nunca foram adventistas.
Mas um grupo de leigos se organiza, pega uma tradução classica (almeida antiga + king james 1611), inserem no rodapé os textos da profetisa que sao todos inspirados, e monta um material que chamam de Biblia White.
Então a maioria dos desinformados alegam que ela contem textos adulterados ou distorcidos. Oi ? ???
Você ja viu o material ?
Analisou e comparou os textos com as fontes ?
Ou está apenas replicando difamação, injúria, criticas sem fundamento?
Sim, amigo. Falando do que nao conhece e divulgando inverdades entre nosso proprio povo, tudo que você está conseguindo é ser usado pelo diabo.
Adquira uma Biblia White, compare seu conteudo com a Biblia e os livros de EW que você tem em casa, depois volte aqui e opine com propriedade.
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maio 7, 2019 at 2:01 pm
O autor do texto baseou-se no site oficial da Bíblia, onde o conteúdo esá disponível desde dezembro do ano passado.
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maio 7, 2019 at 11:15 pm
querido irmão parece que voce nao entendeu a “preocupação” de alguns membros e mesmo leitores da nossa querida irmã White. O ponto é que ao colocarem o nome Bíblia seguido de Ellen White ou White, isso vai criar um enorme atrito ao povo ADSD em relação a outras denominações evangélicas, chegando mesmo ao ponto de poder impedir novas almas para a nossa igreja…todos sabemos que é um assunto delicado quando abordamos a nossa Profetiza ao tentar dar o testemunho a uma pessoa nao ADSD, eu acredito no espírito de profecia a 100% mas tem que haver sabedoria ao Dá-la a conhecer a um nao crente. Obviamente poderiam ter intitulado o livro por exemplo ” guia de estudo para as Sagradas Escrituras” ou algo no género, mas a meu ver nunca usar o nome Bíblia White, pois agora a confusão foi lançada para quem nao entende mesmo, e para quem entende, mas querer usar para nos “atacar” já vi videos de pastores de outras igrejas a avisarem os membros para terem cuidado pois nós ADSD temos uma biblia diferente…o problema já começou, e quero que voce perceba que eu próprio até gostaría de ter essa “biblia” pois deve ser até muito boa para estudos e comparaçoes em traduçoes humm …bem talvez para um lado até seja bom pois vai acelerar as profecias(a própria E.G.W aprofunda o tema) que afirmam que o povo de Deus será perseguido..rsrs
resumindo: eu apenas vejo problema no nome da capa…isto é contraditório na minha cabeça pois por outro lado nao temos que nos envergonhar, mas no fundo acho que a biblia white vai afastar mais pessoas que atrair…deviamos manter a nossa frase tao antiga “somos um povo da BIBLIA SAGRADA” e nao Da Biblia White, meu Deus eu tenho a certeza, como estar aqui sentado, que essa biblia vai gerar tanta Polémica para a nossa igreja…LOGO VEM MEU QUERIDO E AMADO JESUS
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fevereiro 29, 2024 at 12:14 am
Eu não tenho que crer em Ellen White para ser salvo. Ela não é minha base espiritual. Meu alicerce é Jesus e a Palavra de Deus.
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fevereiro 29, 2024 at 12:46 am
Amém, irmão. Eu digo exatamente o mesmo que você.
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